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ToggleTributação para startups e as novas tecnologias: o guia definitivo para você não pagar impostos a mais
Neste artigo, você vai aprender tudo que precisa sobre a tributação de novas tecnologias, como streaming, SaaS em nuvem, e quais são as melhores opções de regime tributário para a sua startup. Confira!
Você já se perguntou como funciona a tributação para startups e as novas tecnologias no Brasil? Se você tem uma startup ou pretende criar uma, esse é um assunto que não pode ser ignorado.
Afinal, com o avanço da tecnologia e a inovação constante, surgem novos modelos de negócio que nem sempre se encaixam nas leis tributárias vigentes.
Isso gera muita insegurança jurídica e dúvidas sobre como pagar os impostos corretamente.
Mas não se preocupe, pois, neste artigo, vamos esclarecer tudo o que você precisa saber sobre a tributação para startups e as novas tecnologias.
Você vai aprender:
- Como surgiu a questão da tributação de novas tecnologias e por que ela é tão controversa.
- Como diferenciar mercadorias de serviços na hora de tributar novas tecnologias.
- Quais são as principais interpretações dos órgãos fiscais sobre a tributação de novas tecnologias.
- O que o empreendedor deve fazer diante do cenário da tributação de novas tecnologias.
- Qual é o melhor regime tributário para a sua startup e como escolhê-lo.
Como surgiu a questão da tributação de novas tecnologias e por que ela é tão controversa?
A questão da tributação para startups e para as novas tecnologias surgiu com o desenvolvimento de produtos e serviços que não existiam na época em que a Constituição Federal foi promulgada, ou seja, em 1988.
Naquela época, ninguém imaginava que surgiriam novas tecnologias, como streaming, SaaS (software as a service) e nuvem.
Essas novas tecnologias geram novas riquezas e demandam uma atualização das leis tributárias.
Porém, como a legislação sempre caminha a passos mais lentos do que o avanço da sociedade, ainda não há um consenso legal de como essas startups e suas novas tecnologias devem ser tributadas.
Isso gera uma grande controvérsia entre os entes federativos (União, Estados e Municípios), que disputam a competência para cobrar impostos sobre essas atividades.
Além disso, gera uma grande insegurança para os empreendedores do setor de tecnologia, que ficam sem saber qual imposto devem pagar e qual alíquota devem aplicar.
Quer pagar menos impostos na sua empresa? Então confira os materiais abaixo:
- Descubra como é simples diminuir os impostos legalmente sem burocracia.
- Pagar menos impostos: estratégias que vão ajudar sua empresa.
- Regime tributário: entenda o que é e como escolher.
Como diferenciar mercadorias de serviços na hora de tributar novas tecnologias?
Uma das principais dúvidas que surgem na hora de tributar novas tecnologias é como diferenciar mercadorias de serviços.
Isso porque a Constituição Federal determina que os Estados têm competência para cobrar ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre mercadorias e serviços de comunicação.
Já os Municípios têm competência para cobrar ISS (Imposto Sobre Serviços) sobre serviços em geral.
Mas como classificar novas tecnologias como mercadorias ou serviços?
Essa não é uma tarefa fácil, pois, muitas vezes, essas atividades têm características híbridas ou complexas.
Por exemplo, um software pode ser considerado uma mercadoria quando é vendido em um CD-ROM, ou um serviço quando é disponibilizado na nuvem.
Para tentar resolver essa questão, alguns critérios podem ser utilizados, como:
- Natureza do objeto: se é tangível ou intangível.
- Forma de entrega: se é física ou digital.
- Personalização: se é padronizado ou customizado.
- Atualização: se é estático ou dinâmico.
Porém, esses critérios nem sempre são suficientes ou claros para definir a classificação de uma nova tecnologia.
Por isso, muitas vezes, é preciso recorrer à jurisprudência e à doutrina para buscar uma solução.
Quais são as principais interpretações dos órgãos fiscais sobre a tributação de novas tecnologias?
Como não há uma legislação específica sobre a tributação de novas tecnologias, os órgãos fiscais acabam adotando interpretações divergentes e conflitantes sobre o assunto.
Veja alguns exemplos:
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Streaming:
Alguns Estados entendem que o streaming é um serviço de comunicação e, portanto, deve ser tributado pelo ICMS.
Já alguns Municípios entendem que o streaming é um serviço de licenciamento ou cessão de direito de uso e, portanto, deve ser tributado pelo ISS.
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SaaS:
Alguns Estados entendem que o SaaS é uma mercadoria e, portanto, deve ser tributado pelo ICMS.
Já alguns Municípios entendem que o SaaS é um serviço de processamento de dados e, portanto, deve ser tributado pelo ISS.
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Nuvem:
Alguns Estados entendem que a nuvem é uma mercadoria e, portanto, deve ser tributada pelo ICMS.
Já alguns Municípios entendem que a nuvem é um serviço de armazenamento ou hospedagem de dados e, portanto, deve ser tributada pelo ISS.
Essas interpretações podem variar conforme o Estado ou o Município em que a startup está situada ou em que presta seus serviços.
Além disso, podem mudar conforme as decisões judiciais proferidas sobre o tema.
O que o empreendedor deve fazer diante do cenário da tributação para startups e as novas tecnologias?
Diante do cenário da tributação para startups e as novas tecnologias, o empreendedor deve tomar alguns cuidados para evitar problemas fiscais e aproveitar as melhores oportunidades tributárias.
Veja algumas dicas:
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Buscar orientação especializada:
Contar com o apoio de um contador ou advogado especializado em tributação de novas tecnologias é fundamental para entender as particularidades do seu negócio e as normas aplicáveis ao seu caso.
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Acompanhar as mudanças legislativas e jurisprudenciais:
Estar atento às alterações nas leis e nas decisões dos tribunais sobre a tributação de novas tecnologias é importante para se adaptar às novas regras e evitar surpresas desagradáveis.
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Planejar a estratégia tributária:
Fazer um planejamento tributário adequado é essencial para escolher o melhor regime tributário para a sua startup e aproveitar os benefícios fiscais disponíveis para o setor de tecnologia.
Qual é o melhor regime tributário para a sua startup e como escolhê-lo?
O melhor regime tributário para a sua startup depende de vários fatores, como:
- Tipo de atividade que você desenvolve.
- Faturamento anual da sua empresa.
- Margem de lucro.
- Estrutura societária.
- Localização da sua empresa e dos seus clientes.
No Brasil, existem três regimes tributários principais:
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Simples Nacional:
É um regime simplificado e unificado que reúne vários impostos em uma única guia.
Além disso, é uma opção para startups que faturam até R$ 4,8 milhões por ano e que se enquadram nas atividades permitidas pelo regime.
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Lucro Presumido:
É um regime que presume o lucro da empresa com base em uma alíquota fixa sobre o faturamento.
Trata-se de uma opção para startups que faturam até R$ 78 milhões por ano e que têm uma margem de lucro superior à presumida.
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Lucro Real:
É um regime que apura o lucro da empresa com base na contabilidade. Trata-se de uma opção para startups com margem de lucro inferior à presumida.
Além disso, esse regime é obrigatório para startups que faturam mais de R$ 78 milhões por ano ou que se enquadram em atividades específicas.
Para escolher o melhor regime tributário para a sua startup, você deve fazer uma análise comparativa entre as opções disponíveis, considerando os aspectos tributários e não tributários de cada uma.
Você deve levar em conta a:
- Carga tributária total.
- Complexidade e o custo operacional.
- Flexibilidade e a segurança jurídica.
- Adequação ao seu modelo de negócio e ao seu planejamento estratégico.
Conte com a Liotto!
Agora que você já sabe como funciona a tributação para startups e as novas tecnologias, esperamos que possa tomar decisões mais seguras e conscientes para o seu negócio.
Lembre-se de que contar com uma contabilidade especializada é fundamental para evitar problemas fiscais e aproveitar as melhores oportunidades tributárias.
Se você quer saber mais sobre como a Liotto Contabilidade Digital pode ajudar a sua startup a crescer com segurança e eficiência, entre em contato conosco e solicite uma proposta sem compromisso.
Estamos à disposição para tirar todas as suas dúvidas e oferecer soluções personalizadas para o seu negócio.